9 de setembro de 2015

Saudade



"Sempre que der, mande um sinal de vida de onde estiver dessa vez
qualquer coisa que faça eu pensar que você está bem
ou deitada nos braços de um outro qualquer
que é melhor do que sofrer
de saudade de mim como eu tô de você, pode crer, 
que essa dor eu não quero pra ninguém no mundo,
imagina só pra você."
(5 a Seco)


E a saudade dele pulsa mais forte em meu coração. Me consome do fio do cabelo ao dedinho do pé. Queria poder falar pra ele o quanto o amo, o quanto queria que as coisas entre nós dessem certo. Inquietações. Lembro que o fim não foi culpa minha, apenas. E a sabedoria dos mais velhos grita que para os relacionamentos darem certo é necessário que alguém ceda. Não quero ceder sempre. Não quero perdê-lo pra sempre. A possível rejeição me faz recuar. Ele parece estar seguindo em frente. Feliz. Recuo. Seco as lágrimas. E tento começar. Recomeçar...

9 de janeiro de 2015

Um novo dia

Acordei cedo. Com algumas atividades a serem realizadas. Infelizmente, fui impedida de cumpri-las. Mas, ora, nesses momentos achamos que tudo já começou a dar errado no novo dia que a pouco se iniciou. Choveu. Permiti me molhar a cada simples gota que caía do céu. Era bênção divina. Purificação da alma. Nesse momento, eu sorri.

12 de novembro de 2014

Grupo de Jovens

O Deus que há em mim saúda o Deus que há em vocês!

“Eu plantei, Apolo regou, mas era Deus que fazia crescer” (1 Carta de sao paulo aos coríntios 3, 6).
Completamos cinco anos de sorrisos, de choros, de alegrias, de tristezas, de amizades, de amor, de cuidado, de partilha. São cinco anos de entrega ao projeto de Deus no anúncio da Boa Nova e na construção do Reino de Deus, ou de como gostamos de falar, da construção da Civilização do Amor aqui e agora.
A construção do Reino de Deus exige renúncia. Abdicamos muitas vezes de estudar para uma prova, de passear com os amigos, de estar com a família. Porém, criamos um laço, queremos estar sempre junt@s acompanhando o crescimento integral um do outro. Sonhamos o mesmo sonho que é a construção do Reino de Deus aqui e agora.  Somos incentivad@s por Jesus Cristo quando Ele nos diz que “veio para que todos tenham vida, e a tenham em abundância.” (João 10,10). Vida em abundancia significa para nós educação e saúde de qualidade, lazer, moradia, dignidade, cidadania para todas e todos. Nos sensibilizamos e queremos modificar essa lógica cruel do capital em nossa sociedade que prega o individualismo, o lucro, as relações afetivas frágeis e efêmeras. “Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciad@s.” (Mateus 5,6).
O grupo de jovens é para nós, espaço privilegiado de acolhida, de amizade, de crescimento pessoal e coletivo e de transformação da sociedade.
Visando a proposta evangélica e situação do novo tempo é que a Igreja da América Latina no documento de Puebla coloca. os pobres e os jovens como opção preferencial na missão evangélica e assim permanecemos na luta por vida em abundância para tod@s.
Percebemos as dificuldades de manter um grupo de jovens na periferia da cidade quando somos bombardeados todos os dias com notícias de altos níveis de violência, com a insistência de toda sociedade de que cada um tem que se preocupar consigo mesmo, na urgência de que a juventude tem que apenas se dedicar aos estudos para passar no vestibular, conseguir um bom emprego, construir uma família. Mas, não desistimos. Não desistimos porque encontramos jovens que também desejam o Reino de Deus, que desejam vida em abundância, oportunidade de direitos, justiça e dignidade para tod@s. Não desistimos porque encontramos jovens que estão estudando e que almejam uma profissão para que possam com ela ajudar a sociedade. Não desistimos, porque sabemos que mesmo com todas as dificuldades o mais importante é não dispersar.
A vida anuncia que renuncia a morte dentro de nós!
JUSC – Juventude Unida à Serviço de Cristo
21 de setembro de 2014

4 de novembro de 2014

Pensamentos

A atividade prática transformadora e libertadora só se alcança através do processo, nenhuma transformação acontece na imediaticidade.
Fazer com que a práxis e a teoria aconteçam simultaneamente de forma libertária só é possível através do desejo pelo conhecimento, pela desconstrução de padrões opressores e pela auto-crítica constante.

29 de outubro de 2014

JuventudeS

Grito todo dia: Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá. Grito alto! Juventudes da periferia. Sem espaço. Proibida de ter lazer.
Olho a noite. Olho a realidade. Só tenho o barzinho pra partilhar sorrisos, pra celebrar a vida. Lógica cruel de mercado.
Cadê minha liberdade?
Estou aprisionado.

16 de outubro de 2014

Ah! O amor!

Nas horas vagas escreve poesias e poemas.
Em todo os momentos es(crê)ve (no) AMOR!

27 de setembro de 2014

O quê que a gente faz?

Aperto na barriga e lágrima nos olhos. Como cuidar de alguém que não sabemos cuidar?  Como confortar? Nos fechamos para aqueles que não queremos ver. E quando eles bem nos puxam e abrem nossos olhos, o quê que a gente faz?
Quando a gente enxerga? Quando a gente desperta? O quê que a gente faz? (Grito) O quê que a gente faz? (Grito mais alto) O quê que a gente faz. Sinto impotência. (Choro). Não sei o que fazer. Eu quero te ajudar. Eu quero te enxergar como ninguém te enxerga. Te olho nos olhos. Te enxergo. Te sinto. Te respeito. Mas, ainda sinto medo. Você sente medo também?

23 de setembro de 2014

Respeito!

Respeito!
Grito palavras de ordem: Quero respeito! Respeito aos sonhos, as utopias. Respeito a quem tem esperança. Respeito a quem luta diariamente por mudança. Respeito a quem acredita! Acredita (na) semente. Acredita (na) flor. Acredita (no) amor.
Nós a(crê)ditamos!

18 de setembro de 2014

Invisíveis?

Colocava os fones de ouvido. Nada tinha importância. Algo tinha importância? Aumentava o som. Tudo que se passava ao meu redor não existia. Ou existia? Tem verdades que não queremos ver. Tem verdades que não precisamos ver? Atenta a janela  via o que se passava do lado externo do ônibus, mas não enxergava o que passava dentro. Um cara pedia esmola. Babulciava palavras ininteligíveis. Gritava. Eu tinha medo. Contava os segundos para que aquele grito voltasse a ser silêncio. É tão mais cômodo quando não somos obrigadxs a perceber a realidade. É mais fácil não enxergar o choro, o pedido de ajuda ou de me enxergue. Eu estou aqui. Mesmo que você não me enxergue. 
Mesmo que você não queira me enxergar. Eu estou aqui. Sim, ele estava. Eu queria enxergá-lo. O olhava timidamente. Imaginava milhares de formas de começar uma conversa. Ele me fitava. Eu retirava o olhar do olhar dele e sentia medo. Mas, moço, eu te enxergo. Moço, eu quero saber da sua vida. Ele foi embora. Nenhuma palavra saiu da minha boca, mas não consigo mais esquecer aquele moço. E os tantos outros moços e moças. Eu quero ouvir vocês.